A presidente do Cope, Nancy Chescheir, disse ao site Retraction Watch que a organização decidiu atualizar suas diretrizes de retratação, que não eram modificadas desde 2019, em parte devido a “um aumento no número de retratações” e “preocupações levantadas sobre a pontualidade das retratações e o processo que as antecede”. Mas os fatores mais significativos, ela informou, foram “problemas sistemáticos com o processo de revisão por pares, como as fábricas de papers”.
Artigos continuam enfrentando retratações por falta de licenciamento de ferramenta cara / Retraction Watch
A Escala de Adesão à Medicação de Morisky (MMAS) recebeu esse nome em homenagem ao seu criador, Donald Morisky, atualmente professor emérito de saúde comunitária na UCLA. Como o nome indica, a medida permite que pesquisadores avaliem a adesão dos pacientes aos regimes medicamentosos.
Morisky fez um negócio licenciando a escala e cobrando taxas exorbitantes de pesquisadores que não conseguiram as permissões adequadas, como relatamos na Science em 2017. Pesquisadores que não podem arcar com os pagamentos exigidos por Morisky e seu parceiro de negócios foram forçados a retirar seu trabalho.
De acordo com o banco de dados do site Retraction Watch, só um dos 17 artigos invalidados de De Vecchis não continha dados duplicados de trabalhos do próprio autor: trata-se de um estudo publicado no periódico Interventional Medicine & Applied Science, que plagiou um artigo da revista BMC Cardiovascular Disorders assinado por outros pesquisadores.
As políticas editoriais de periódicos científicos brasileiros em Ciência da Informação e os desafios do direito autoral / PPGCI – UFPE
Os resultados demonstram que existem diferenças significativas na abordagem das políticas editoriais dos periódicos quanto às dimensões do direito autoral referentes aos termos de propriedade intelectual, autoria, licenças, má conduta e retratação, pois enquanto uns apresentam informações e orientações sobre determinada dimensão, outros nem sequer a mencionam em suas políticas. Apesar de alguns periódicos mencionarem que seguem determinada diretriz, a pesquisa mostra que na prática algumas orientações de boas práticas não são seguidas, contribuindo para erros que podem impactar de forma negativa tanto no processo de submissão, quanto posteriormente após a publicação. Logo, a orientação referente às boas práticas nas políticas editoriais relacionadas ao direito autoral em periódicos não é apenas uma formalidade, mas uma necessidade imperativa, contribuindo para a proteção e reconhecimento dos direitos autorais e para a integridade e confiabilidade da publicação científica.
A revista científica International Journal of Hydrogen Energy, da editora Elsevier, anunciou a retratação de um artigo publicado em novembro de 2024. A justificativa é que o processo de avaliação do paper foi comprometido após os revisores solicitarem a inclusão de referências bibliográficas consideradas redundantes.
Em um sistema obcecado por classificações, pelo que exatamente as universidades estão competindo?
Há muitas questões com origens metodológicas de métricas vitais que têm resultados políticos sérios e consequentes. QS, THE e outras métricas semelhantes no mapeamento performático do ensino superior, apesar de seus pontos fortes e fracos, oferecem estudos comparativos úteis. Mas estes também podem ser enganosos. As universidades têm a responsabilidade de reconhecer as limitações de um ecossistema de políticas obcecado por classificação e devem também se concentrar em áreas endógenas de qualidade, integridade e utilidade social, nas quais contribuições significativas para a pesquisa também têm precedência sobre a otimização orientada por métricas.
É um banco de dados aberto que visa compilar a lista mais completa de publicações que foram retratadas ou retiradas, vinculadas aos seus avisos de retratação correspondentes a partir de 2000.
Retratações: Quando as conclusões de um artigo não são confiáveis
Uma análise publicada pela Nature estimou a taxa de retração global em 0,1% para o período de 2014 a 2024. Etiópia, Arábia Saudita e China lideraram a lista de países que superam a média mundial. Ao mesmo tempo, o estudo reconheceu que mapear as afiliações era ainda mais desafiador ao resumir os dados por instituição. No entanto, ele identificou certas instituições chinesas, paquistanesas e etíopes, provavelmente ligadas a más práticas na atividade científica, como focos de retratação.
O OpenAlex, uma plataforma emergente que reúne dados de diversas fontes acadêmicas, promete atender a essas demandas em evolução. No entanto, nossa investigação descobriu uma falha na representação do status da publicação pelo OpenAlex, principalmente em relação a retratações. Apesar dos metadados precisos obtidos do banco de dados Crossref, o OpenAlex consolidou essas informações em um único campo booleano, “is_retracted”, levando a classificações incorretas de artigos. Esse desafio não afeta apenas os usuários do OpenAlex, mas também se estende aos usuários de outros recursos acadêmicos que integram a API do OpenAlex.
Uso de e-mails falsos leva à retratação de 45 artigos de pesquisadores brasileiros
Pesquisador do Instituto Federal Goiano (IF-Goiano), campus de Urutaí, e chefe do Laboratório de Toxicologia Aplicada ao Meio Ambiente da instituição, ele teve até agora 45 papers de sua autoria invalidados – todos na mesma revista, a Science of the Total Environment (Stoten), da editora Elsevier. Segundo o site Retraction Watch, apenas 10 autores no mundo já tiveram mais retratações do que o brasileiro.
Os repositórios abertos não podem ignorar retratações e correções
Uma análise verificada manualmente do HAL, um dos maiores repositórios institucionais do mundo, revelou que 91% das publicações retiradas ou corrigidas não tinham qualquer indicação de seu status atualizado.
Obviamente, esse problema não é exclusivo do HAL. Ele reflete deficiências sistêmicas em repositórios no mundo todo. Embora o movimento de acesso aberto tenha sido transformador ao facilitar o impulso para a frente da disseminação do conhecimento, ele negligenciou amplamente a necessidade de uma “marcha reversa” para sinalizar correções e garantir que o registro acadêmico permaneça acessível e confiável ao longo do tempo.
Artigos falsos estão poluindo a literatura científica mundial, alimentando uma indústria corrupta e retardando pesquisas médicas legítimas que salvam vidas
O problema reflete uma mercantilização mundial da ciência. As universidades e seus financiadores de pesquisa há muito usam a publicação regular em periódicos acadêmicos como requisitos para promoções e segurança no emprego, gerando o mantra “publique ou pereça”.
Mas agora, fraudadores se infiltraram no setor de publicações acadêmicas para priorizar lucros em vez de bolsas de estudo. Equipados com proezas tecnológicas, agilidade e vastas redes de pesquisadores corruptos , eles estão produzindo artigos sobre tudo, desde genes obscuros até inteligência artificial na medicina .
Exclusivo: Essas universidades têm os artigos científicos mais retratados
A análise da Nature descobriu que, para a maioria das instituições com altas taxas de retratação, as retratações estão distribuídas entre muitos autores. Isso indica um problema com a cultura de integridade da pesquisa, e não com alguns pesquisadores desonestos, diz Dorothy Bishop, neuropsicóloga aposentada da Universidade de Oxford, no Reino Unido, que investiga casos de má conduta em pesquisas. Esse tipo de análise “poderia levar a alguma ação positiva” se as instituições respondessem examinando o que está levando aos padrões, ela acrescenta.
Dinâmica das retratações de artigos científicos na América Latina e implicações na cultura de integridade em pesquisa e governança na Ciência
Com base na série histórica de 20 anos analisados, compreendida entre 2002 e 2022, a pesquisa aponta um aumento significativo em números absolutos, com uma tendência linear de aumento de artigos retratados na América Latina. Identifica que 44,8% das retratações foram decorrentes de más condutas, 20,5% de erros editoriais, 16,5% de erros de autores, além de outras incidências. Evidencia que 76% dos artigos retratados continuam sendo citados, acumulando 9.662 citações, sendo as Ciências da Saúde e Biológicas as áreas com as maiores médias de citações por artigo retratado.
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